Técnico Waldemar Lemos desabafa sobre especulação de saída. "Não será a primeira vez nem a última se eu tiver que sair de qualquer lugar"
Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem
Com serenidade e confiança, o técnico Waldemar Lemos desabafou diante de comentários de que pode ser demitido em caso de derrota contra o Santa Cruz. "A torcida do Náutico, a diretoria e os jogadores me conhecem bem e sou esse aqui. Não será a primeira vez nem a última se eu tiver que sair de qualquer lugar. Se não existe a satisfação de eu estar aqui, quem estiver insatisfeito peça a quem tem poder para tomar a decisão", declarou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira no CT Wilson Campos.
O treinador só ficou chateado quando descobriu que Armando Ribeiro, um dos diretores de futebol do Náutico, disse que o resultado do clássico do próximo domingo contra o Santa Cruz pode influenciar na sua "pemanência ou não". Além disso, riu quando soube da frase de Toninho Monteiro mais cedo, dizendo que o treinador tem prestígio com a diretoria.
"Prestigiado é fogo... Tem problema não. Tem problema não, rapaz. A vida é essa. O que muito me surpreende é se o Armando falou isso. Eu estive com ele na reunião e ele não me falou nada disso. Eu acho que se ele tivesse falado alguma coisa, teria me dito que, se acontecesse derrota domingo, eu estaria fora", disse o treinador.
Mas Armando falou tanto ao Blog do Torcedor quanto ao Jornal do Commercio, antes da citada reunião. Citou que os resultados é que definirão a permanência. Toninho Monteiro disse o mesmo nesta manhã. "O que foi feito aqui de repente se apaga de uma hora para outra. Mas eu vou continuar lutando e trabalhando pelo Náutico, sempre", comentou Waldemar.
Waldemar não concorda com as avaliações de que o momento do time é ruim. "Desculpa eu discordar de você, mas momento ruim por ter perdido uma partida? Se o Náutico teve três outros empates antes, o Náutico pontuou. E eu não me meto em nada que não seja o trabalho dentro de campo."
"Se um diretor tem alguma insatisfação e tem poder para alguma situação, que tome providência", alfinetou Waldemar Lemos, em tom de desafio.
Segundo ele, a conversa com a diretoria não teve nenhuma cobrança muito forte. "A reunião foi para conversar sobre o futuro, sobre o momento, sobre uma situação de jogador ou outro. Nada além", disse. Com respeito a essa observação, viu-se no coletivo-apronto desta sexta-feira algumas modificações no time. O esquema 3-5-2 foi testado. O lateral-direito Marquinho apareceu no time principal, e o meia-atacanta Philip foi sacado da equipe e não entrou mesmo quando Eduardo Ramos pediu para sair por dores na unha, coisa simples.
No entanto, é fato que a relação entre Waldemar Lemos e a diretoria não é boa. A impaciência da diretoria de já estar cogitando saída se o time vier a perder domingo é uma prova disso. Realmente parece que apenas a volta de resultados podem trazer de volta um bom clima ao Náutico. Na opinião do lateral-direito Marquinho, mudar de técnico antes das semifinais talvez seja até pior para as pretensões alvirrubras no ano.
Nota do Blog:. Caso Waldemar Lemos sai mesmo do Náutico, Alexandre Gallo é o nome preferido da maioria de diretores do Náutico para substituir Waldemar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário