domingo, 19 de novembro de 2017

Alexandre Baldy é o Novo Ministro das Cidades

O deputado federal goiano Alexandre Baldy (GO) deve ser anunciado nos próximos dias como novo ministro das Cidades, em substituição a Bruno Araújo. A informação foi confirmada pela Agência Estado por pelo menos três fontes, entre elas um auxiliar do presidente Michel Temer. Alexandre Baldy de Sant'Anna Braga, 21 de julho de 1980 (37 anos), conseguiu uma façanha como politico, estreou no congresso nacional já no alto escalão do poder. Algo muito raro de acontecer com um deputado de primeiro mandato.


Para assumir o cargo, Baldy se filiará ao PP, partido com a quarta maior bancada da Câmara e que pressiona Temer por mais espaço no governo. O parlamentar, que tem 37 anos, era filiado ao Podemos, mas já tinha decidido deixar o partido, após ser destituído da liderança da legenda na Casa, em agosto deste ano.

O nome de Baldy para Cidades foi definido neste sábado, 18, durante reunião entre Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar fluminense foi um dos principais articuladores da nomeação de Baldy, que está no primeiro mandato como deputado federal. O futuro ministro das Cidades é um dos aliados mais próximos de Maia na Casa.

A nomeação agrada aos principais partidos do Centrão, grupo do qual o PP faz parte, além de PR, PSD e PRB. "É um nome que agrada a todo mundo", afirmou o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA). "É um parlamentar querido", declarou o deputado Marcos Montes (MG), líder do PSD na Casa.

O comando do Ministério das Cidades está vago desde a última segunda-feira, 13, após o então titular da Pasta, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), pedir demissão. Ao deixar o cargo, o tucano alegou não possui mais apoio interno no PSDB para permanecer no cargo. O PSDB já anunciou que vai desembarcar do governo Temer até dezembro.

Outras legendas da base também cobiçavam o controle de Cidades, entre elas, PMDB, PSD e DEM. Apesar de possuir apenas o 11º orçamento da Esplanada (R$ 10,1 bilhões), a Pasta é cobiçada porque comanda programas com impacto direto nas bases eleitorais, como construção de moradias, redes de esgoto e transportes urbanos.

Para resolver a disputa, Temer deve dividir o controle do Ministério. Pela negociação, não haverá "porteira fechada", que, no jargão político, significa distribuição de todos os cargos de um Ministério para um só partido. A ideia é dividir os cargos de ministro e o comando das secretarias de Habitação e Saneamento, as principais da Pasta.

A saída de Araújo levou Temer a antecipar a reforma ministerial que só pretendia fazer no início do próximo ano. Inicialmente, Temer queria fazer um reforma ampla, obrigando todos ministros que serão candidatos em 2018 a já entregarem os cargos em dezembro. Após resistência da base aliada, contudo, deve fazer uma reforma pontual.

Além de Cidades, Temer deve anunciar nos próximos dias o novo ministro da Secretaria de Governo. O cargo é ocupado atualmente pelo deputado licenciado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que pode ser realocado para outra Pasta. O nome mais cotado para substituir o tucano é o ex-deputado João Henrique Souza (PMDB-PI).

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