terça-feira, 26 de maio de 2015

Empresários Goianos Discutem Potencialidades de Investimentos na Polônia

Evento, promovido pela SED, contou com participação do embaixador Andrzej Braiter e do presidente da Câmara de Comércio Brasil Polônia, Marcio Artiaga

A Polônia, único país da União Europeia a manter o crescimento econômico após a crise de 2008, é uma ilha verde na Europa, um mercado potencial para investimentos. A afirmação foi feita pelo jornalista polonês Pawel Rogalinski, analista político e econômico, na sede da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), em Goiânia, durante o seminário “Oportunidades de negócios para empresas goianas na Polônia”. 


O encontro foi promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), em parceria com a Embaixada da Polônia e a Câmara de Comércio Brasil Polônia, com o objetivo de apresentar análise da conjuntura econômica daquele país aos empresários goianos.

Superintendente de Comércio Exterior, Luiz Medeiros Pinto representou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, apresentando também o cronograma da missão do Governo de Goiás à Polônia e a dois outros países – Rússia e Belarus – de 19 de junho a 4 de julho próximo, que será chefiada pelo vice-governador e titular da SED, José Eliton. Integrarão essa missão cerca de 20 empresários e dirigentes de entidades classistas.

A Polônia
O seminário contou com a presença do embaixador da Polônia no Brasil, Andrzej Braiter; da secretária de Assuntos Econômicos da Embaixada, Anna Józefowicz; do presidente da Câmara de Comércio Brasil Polônia, Marcio Artiaga; além do jornalista Pawel Rogalinski que fez a palestra de abertura falando sobre “O sucesso da transformação econômica da Polônia”, apresentando um país forte, em franco desenvolvimento, com estabilidade econômica, grande potencial humano e muitos incentivos. “Somos o único país que não enfrentou recessão”, disse o jornalista, revelando que, entre as “estratégias secretas”, o país valeu-se do potencial criativo e do poder intelectual de sua juventude.

Na sua apresentação, Pawel Rogalinski destacou as principais cidades polonesas e suas potencialidades, os números da economia e os grandes grupos instalados no país, que é dividido em 14 zonas econômicas. Disse que a transformação do país não foi um processo fácil, tudo era estatal e mudar a mentalidade levou tempo, para então, iniciar a privatização e criar um mercado. Hoje o país tem uma renda per capita de US$ 25 mil.

Ele lembrou que a Polônia tem na educação uma das razões do grande sucesso que é hoje, figurando entre as quatro nações com os melhores índices educacionais em todo o mundo: são mais de 500 universidades e um total de 36 mil estudantes estrangeiros de mais de 150 países em estudos nas escolas polonesas. O país tem uma população de 40 milhões de habitantes; outros 20 milhões estão fora da Polônia, tendo saído principalmente após a segunda guerra.

Para o presidente da Câmara de Comércio Brasil Polônia, Marcio Artiaga, a Polônia é um porto seguro para o Brasil na Europa e, particularmente, para Goiás. “Goiás tem um papel importante na logística nacional e, agora, com o Porto Seco Centro-Oeste, pode se aproximar de outros continentes com mais facilidade”, disse Artiaga. Segundo ele, a Polônia cresceu 4% no ano passado e é o país que melhor faz uso dos recursos do fundo da União Europeia. “Queremos criar uma ponte entre o Brasil e a Polônia e, por eu ter origem em Goiás, vamos começar por aqui esse trabalho da Câmara de Comércio”, afirmou.

Marcio Artiaga destacou que na Polônia tem várias empresas modernas, jovens. “Tenho convicção de que o Brasil só tem a ganhar se juntando a empresários poloneses e fazendo negócios, pois eles são práticos, negociam com velocidade e não têm receio de vir para o Brasil. Acreditam na nossa economia, no nosso potencial, é um povo trabalhador, e nós estamos aqui para fazer essa ponte que, acredito, dará muito resultado”, acentuou.

Após as apresentações, os empresários indicaram suas áreas de atuação e de interesse e questionaram os representantes da Polônia e da Câmara de Comércio sobre os incentivos e apoio aos investimentos, além de abordarem temas como burocracia e facilidades. Entre os empresários presentes estavam Alexandre Moura, proprietário da Sotrigo; Alexandre Resende, do Goiânia Bureau; Carlos Naves, da Naves Tec; e Plínio Viana, da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) também participaram do encontro, demonstrando interesse em um intercâmbio cultural com o país visitante.

Fotos: André Saddi

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