sexta-feira, 6 de março de 2015

Governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, Conhece Gestão das OSs em Goiás e Diz Que Vai Adotar o Modelo


O governador Reinaldo Azambuja e o secretário da Saúde Nelson Tavares, do Mato Grosso do Sul, visitaram hoje os hospitais de Urgência de Goiânia e Geral Alberto Rassi, para conhecer em detalhes como funciona a gestão hospitalar através das Organizações Sociais. Recebidos pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, ambos elogiaram a eficiência do atendimento e aventaram a possibilidade de utilizar naquele Estado essa experiência de sucesso que o Governo de Goiás adotou há três anos e que conta com 90% da aprovação dos usuários. Eles estiveram acompanhados pelo secretário da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela.

Segundo o governador Azambuja, “Goiás está de parabéns por este trabalho que é realizado. É realmente um modelo interessante e que, com certeza, vai ser difundido aí para vários estados. As Organizações Sociais nesta questão hospitalar mostram uma boa eficiência, com diminuição de custos, diminuição de desperdício e melhor qualidade do atendimento. Acho que isso é o que a gente tem de buscar.”



Entrevista do Governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja
Pergunta - O senhor conheceu a experiência de Goiás. Como Goiás pode contribuir para a melhoria do sistema de saúde do Mato Grosso do Sul?
Governador Reinaldo Azambuja – Olha, aqui é uma experiência exitosa. Nós vimos aqui o que era o antes, que tinha baixa qualidade de atendimento hospitalar, com poucas pessoas atendidas. E nós vimos um sistema novo, com grande qualidade de atendimento: ampliou o atendimento, diminuiu os custos e atende melhor os pacientes. De cada dez pesquisados, nove estão muito satisfeitos com a qualidade do atendimento. Isso é um modelo que deve ser seguido por outros estados, um modelo que funciona bem. As Organizações Sociais aqui em Goiás mostram realmente um trabalho de excelência e é essa excelência que a gente tem de procurar para atendimento dos pacientes do SUS, que merecem ser bem atendidos. Acho que isso é um desafio e vamos levar ao Mato Grosso do Sul essa experiência exitosa aqui de Goiás para começar a implantar em algumas unidades de saúde do nosso Estado.
Pergunta - O secretário dizia que por conta da semelhança de orçamento é um modelo que, até mais que São Paulo, pode ser adaptado no Mato Grosso do Sul.
Governador Reinaldo Azambuja – É um modelo que funciona bem. Acho que a saúde é gestão. E aqui nós vimos uma gestão com eficiência. É um modelo que bem organizado mostrou grandes resultados. Você vê isso na qualidade do atendimento, na limpeza das estruturas, na satisfação do paciente e também de quem trabalha nas unidades. Você vê um servidor, um colaborador, que está contente no local de trabalho. Isso é fundamental em qualquer unidade em que você presta um serviço. É realmente um modelo interessante e que, com certeza, vai ser difundido aí para vários estados. Já está entrando em outros Estados. Goiás está de parabéns por este trabalho que é realizado.
Pergunta – Pela experiência que o senhor tem, diria que a administração direta é incapaz de gerir a saúde?
Reinaldo Azambuja – Na gestão pública nós temos que buscar parcerias que promovam a qualidade do serviço, boas parcerias. Então nós estamos aqui para isso, buscar os bons parceiros. As Organizações Sociais nesta questão hospitalar mostram uma boa eficiência, com diminuição de custos, diminuição de desperdício e melhor qualidade do atendimento. Acho que isso é o que a gente tem de buscar. Você pode mesclar hoje, trazendo pra dentro da gestão pública, essas experiências da iniciativa privada, promovendo uma boa prestação de serviços às pessoas.
Pergunta – Qual a situação da saúde que o senhor encontrou quando tomou posse?
Reinaldo Azambuja – Nós temos uma grande dificuldade, porque no nosso Estado teve uma ausência do Estado como ente regulador. Entregou 11 hospitais regionais, que são do Estado, pros municípios. Os municípios não tiveram competência regional para gerir e organizar esse sistema. E agora nós vamos ter de retomar esse serviço ao Estado pra buscar isso que a gente viu aqui. Melhor prestação de serviço, ampliação de atendimento. Pessoa que a gente diz que está na fila da vergonha esperando exames, diagnósticos e cirurgias. Nós precisamos ter rapidez nesse atendimento e fazendo essa parceria eu tenho certeza que dará rapidez no atendimento. Então, o caos da saúde ele existe em vários estados. E você não resolve todos os problemas da saúde, é muito amplo. Mas você melhora muito a eficiência. Devemos buscar melhorar essa eficiência para atender melhor as pessoas do nosso Estado.

Entrevista com o secretário da Saúde de Mato Grosso do Sul, Nelson Tavares

Pergunta – Mato Grosso do Sul veio conhecer a experiência dos OSs. O que você estão pensando com relação a isso para adotar no estado de vocês? Como Goiás pode colaborar nesse sentido?
Nélson Tavares – Eu tive um contato muito oportuno com o secretário Leonardo Vilela na semana passada, no Ministério da Saúde, na reunião do Conass, e ele me disse sobre os avanços que ocorreram aqui no Estado de Goiás pela introdução das Organizações Sociais na administração da rede hospitalar, do Sistema Único de Saúde. Conversei com o governador Reinaldo e ele ficou muito impressionado em relação a isso e estamos aqui, uma semana depois, pra ver pessoalmente. A nossa impressão é exatamente a ideia que nos foi passada, é fantástico. Estamos avaliando aqui um hospital que era administrado no modelo tradicional e o avanço que teve em relação à oportunização com as Organizações Sociais. É um modelo que nós temos o interesse total de reproduzir no Mato Grosso do Sul, com essas experiências de êxito.
Pergunta – Com a experiência que tem na administração pública, é possível que a administração direta ela sozinha consiga gerenciar a saúde? O senhor tem um parecer formado a respeito disso?
Nelson Tavares – Ela existe, ela é possível, mas a partir do momento que você faz um comparativo e que as pessoas têm oportunidade de ver como é que funciona com a administração direta pública e como é que funciona através das parcerias, é indefensável você continuar trabalhando só na administração direta pública. Você precisa das parcerias. Isso é salutar, saudável.
Pergunta – Qual o diagnóstico que o senhor faria hoje da saúde no Mato Grosso do Sul?
Nelson Tavares – A saúde no Mato Grosso do Sul é boa, os médicos são bons, os serviços são bons, só que ela está totalmente desorganizada. Ela precisa realmente que se introduza uma administração voltada para a eficiência, que você tenha aplicação de recursos, cobrando resultados. Isso hoje não existe lá e precisava ocorrer.

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