sábado, 21 de março de 2015

Governador de Goiás Marconi Perillo Responde Criticas Ao Discurso Feito em Evento Com Dilma Rousseff

Continua dando o que falar o discurso do governador Marconi Perillo no evento promovido pelo PT em Goiânia.

Os tucanos não gostaram do discurso do governador.

Ao blog do jornalista Josias de Souza, do portal UOL, um membro da Executiva Nacional do PSDB reclamou que as declarações foram inoportunas. “Numa hora em que o PSDB adiciona pimenta no seu vatapá, o Marconi vem dizer que o partido ‘às vezes faz oposição’. Enquanto nos esforçamos para aproximar nosso discurso do sentimento de aversão das ruas pelo governo Dilma, nosso companheiro fala do ‘respeito e do reconhecimento ao trabalho’ dela. É demais! 


O jornal Folha de S. Paulo mostrou hoje que Marconi, há cerca de dez dias, criticou o governo federal em evento do Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. O governador teria dito que "governadores e prefeitos não aguentam mais" e pontuou que "72% de tudo o que arrecada no país fica com o governo federal para formar superávit, pagar dívidas e outros compromissos, para a corrupção".

No evento no Paço Municipal, ao lado da presidente para assinatura da ordem de serviço do BRT Norte-Sul, Marconi disse que respeita e reconhece o trabalho de Dilma. “Sou de um outro partido, que às vezes faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência."

Em nota, na tarde desta sexta-feira, assessoria do governador Marconi Perillo responde às críticas do PSDB. Confira abaixo:


1 – As ponderações que fiz em evento promovido pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso foram absolutamente respeitosas, sem agressões ou ataques pessoais à presidente da República. Trata-se do debate democrático de ideias e visões de País. As divergências programáticas entre PT e PSDB em nada impedem a convivência harmônica e republicana entre os governos, em qualquer nível da administração pública.


2 – No evento de ontem com a presença da presidente Dilma, condenei a intolerância e a hostilidade em nível geral, mas especificamente porque fui alvo de uma claque petista, composta por alguns de seus radicais. Se sempre fui respeitoso, seria natural a recíproca em relação à minha pessoa. Defendi a governabilidade porque entendo que o País não pode parar. A crise perene prejudica a todos. Nosso Estado, apesar de seu sucesso econômico e social nos últimos anos, não é uma ilha. Entendo ainda que os erros precisam ser admitidos e corrigidos, e as metas definidas com urgência, para que o País volte a crescer. As generalizações em nada contribuem;


3 – Não há incoerência alguma em meu posicionamento, que tem sido o mesmo desde que a presidente e eu assumimos nossos mandatos, em 2011. Desde então, venho defendendo a convivência republicana e democrática entre nossos governos, baseada na parceria administrativa, independentemente de nossas divergências partidárias. Essa tem sido justamente a minha postura para com os prefeitos de Goiás. Da mesma forma, sempre reconheci publicamente as parcerias estratégicas entre o Governo do Estado e a Presidência da República.


4 – Jamais fiz vista grossa para ilicitude de qualquer natureza. Ao contrário. Fui o primeiro a denunciar o mensalão, em 2005. Da mesma forma agora, sou absolutamente contra – e defendo a severa punição – a roubalheira na Petrobrás ou em qualquer outra área.


5 – O reconhecimento da parceria administrativa e a defesa da governabilidade não anulam e nem tampouco interferem ou comprometem o debate partidário de alto nível, baseado em ideias, argumentos e programas.


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