A diretora do Hospital Materno Infantil (HMI), Rita Leal, pediu nesta terça-feira ao Ministério Público e aos municípios que deem as mãos ao Estado na busca por soluções para a superlotação na unidade. Rita lamenta o que ela chama de "inversão da pirâmide assistencial" e cobra medidas urgentes. "É o momento de cada um assumir a sua responsabilidade. Estamos assumindo além".
Rita e o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, entregaram ao Ministério Público estudo que mostra que a unidade está recebendo um grande número de pacientes que deveriam estar sendo tratados nos Cais e postos de saúde de Goiânia e dos municípios da região metropolitana. Hoje, estes casos de baixa complexidade respondem por 60% dos atendimentos do hospital, em que pese o fato de o hospital ter sido concebido para casos de média e alta complexidade.
"A procura das mães é legítima e o hospital jamais se furtará a atender todos que nos procurarem. Não são eles os culpados pela superlotação, mas a rede de assistência como um todo, que está desequilibrada", afirma Rita Leal. "Nossos profissionais estão pedindo desligamento e, os que ficam, clamam por condições mais seguras de trabalho. É preciso encontrar uma solução urgente".
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