sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Governo Dilma Rousseff Quer "Enquadrar" Polícia Federal

A Polícia Federal tem trabalhado muito e apresentado bons resultados. Várias são as operações desenvolvidas pela polícia Federal para combater o crime de corrupção no país e isso tem desagrado profundamente o governo de Dilma Rousseff que determinou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que enquadre delegados e agentes da Polícia Federal. 

Como primeira ofensiva para o enquadramento da Polícia Federal, o Ministro da Justiça,    José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (13) que a corregedoria da Polícia Federal investigará delegados que atuaram na operação Lava Jato e criticaram nas redes sociais o PT, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Cardozo, a corregedoria vai apurar se houve ilegalidade na atitude dos policiais.

Conforme publicou o jornal "O Estado de S. Paulo", um dos delegados postou antes do segundo turno da eleição, em perfis fechados do Facebook, a seguinte mensagem: "Alguém segura essa anta, por favor!", acima de uma foto de Lula. Em outra mensagem, um policial escreveu: "Acorda" e publicou link que direcionava para um texto com o título "Contas do PT em paraísos fiscais. Lula e Dilma sabiam de tudo". Um post mostra imagens em que o candidato derrotado à Presidência Aécio Neves está cercado de mulheres e, acima da foto, a frase "Esse é o cara".

OPERAÇÃO LAVA JATO
PF investiga lavagem de dinheiro.

Na avaliação do ministro, quem conduz invesitgações na Polícia Federal não pode "partidarizar" os trabalhos.

"É exatamente para verificar se houve alguma dimensão de atuação que fira a ética que a Polícia Federal fará uma apuração da conduta desses agentes policiais. Se, evidentemente, for comprovada alguma ilegalidade ou ofensa à ética, medidas serão tomadas. Caso contrário, por óbvio, não há que se falar em punições", afirmou.

De acordo com o ministro, todo cidadão pode se manifestar livremente, e "pouco importa" se é favorável ao governo. Mas, na avaliação dde Cardozo, os delegados precisam ser imparciais. Para ele, os trabalhos não podem ser conduzidos a partir dos pontos de vista pessoais.

"Eu acredito que nós devemos ter uma peça para verificar a conduta que foi adotada no caso. Se a conduta legal foi respeitada, se não houve crença do delegado passada para a investigação, se a investigação não foi partidarizada, não há, obviamente, o que se falar. Caso contrário, medidas têm que ser tomadas para que a investigação tenha seu curso legal", completou.

Ao defender imparcialidade dos responsáveis por conduzir os trabalhos da operação Lava Jato, Cardozo afirmou ter pedido ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, que conduza a apuração para garantir que não ocorra "nenhuma nulidade" na Lava Jato em função das opiniões pessoais dos responsáveis pelos trabalhos.

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