domingo, 21 de setembro de 2014

Pesquisa Veritá / Brasil 247: Iris Rezende lidera rejeição

Pesquisa Veritá encomendada pelo portal de notícias Brasil 247 aponta que o candidato do PMDB ao governo do Estado, ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, ultrapassou o governador Marconi Perillo (PSDB), que disputa a reeleição, no índice de rejeição. Segundo o levantamento divulgado na última sexta-feira e publicado no Diário da Manhã deste sábado (20/09), 14,1% dos eleitores responderam o nome de Iris em resposta à pergunta “se a eleição para governador fosse hoje e estes fossem os candidatos, em quem o senhor não votaria de jeito nenhum”?

Marconi ficou com 13,8%. O ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), com 2,4%. E Vanderlan Cardoso, que concorre ao Palácio das Esmeraldas pelo PSB, com 2,1%. A pesquisa ouviu 2.203 eleitores entre os dias 15 e 18 de agosto. E foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo GO – 00125/2014.

Especialistas e analistas políticos costumam atrelar índices de rejeição, entre vários fatores, ao nível de conhecimento do candidato pelos eleitores. Não à toa, Iris e Marconi ultrapassam os dois dígitos. Ambos já foram senadores e já exerceram o cargo de governador, entre outras funções que lhes conferiram grande visibilidade junto aos goianos. Também é natural que o índice de rejeição esteja vinculado à aprovação ou desaprovação da gestão. 

Motivos
No entanto, há dois pontos que, em tese, explicam o fato de Iris, que não está exercendo nenhum cargo público, ultrapassar o governador e ocupar hoje a primeira posição entre os candidatos mais rejeitados pelo eleitor. 

O primeiro tem a ver com os sucessivos ataques que o peemedebista tem feito a Marconi em entrevistas, eventos de campanha e nos programas eleitorais veiculados no rádio e na TV. Sob o pretexto de que quer discutir os problemas do Estado, Iris tem explorado, por exemplo, tragédias familiares e casos polêmicos que já foram investigados pela Justiça e que não provaram absolutamente nada contra Marconi, como a Operação Monte Carlo. Em contrapartida, deixa de apresentar propostas ao eleitor e soluções para os possíveis problemas que ele aponta na administração estadual. 

Outro fator que explica o índice de rejeição de Iris diz respeito à ligação que o eleitor, sobretudo da Capital, tem feito entre ele e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), que foi vice do peemedebista em 2009 e 2010 e assumiu o Paço Municipal com a desincompatibilização de Iris para disputar o governo do Estado. Em 2012 Paulo foi reeleito com apoio declarado do ex-prefeito, que dizia, na propaganda eleitoral, que confiava no petista e que deixava, nas mãos dele, a Prefeitura de Goiânia.

Pesquisa Veritá divulgada no dia 5 deste mês mostrou que o Paulo Garcia tem a administração considerada péssima para 52,8% dos entrevistados, enquanto 14,6% consideram ruim. A gestão é boa para 8,1%. Apenas 0,4% classificam a administração do petista como ótima. Quando questionados se aprovam ou desaprovam a maneira como Paulo conduz a administração municipal, 82,3% dos entrevistados disseram que não aprovam a gestão do prefeito. O índice de aprovação do petista é de 15%.

O alto índice de reprovação da gestão de Paulo Garcia em Goiânia reflete o delicado momento que a administração municipal vive em Goiânia. Dificuldades financeiras evidenciadas desde o início do ano, greves de professores e servidores da saúde, problemas com a coleta do lixo e reposição de lâmpadas nas vias públicas, denúncias de supersalários na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e obstáculos para fechar a folha do funcionalismo público são alguns dos principais gargalos que o petista ainda não conseguiu superar.

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