domingo, 21 de setembro de 2014

Em Reunião com Marconi, Servidores da Celg D Respaldam Acordo de Reestruturação da Empresa

Um grupo de servidores da Celg se reuniu com o governador Marconi Perillo (PSDB) para prestar apoio ao programa de reestruturação da empresa. No encontro, os funcionários afirmaram que a visita ao governador, no Palácio das Esmeraldas, representava todo o corpo de profissionais da Celg e seus "agradecimentos" e "reconhecimento" de que o acordo celebrado com a Eletrobrás é "o melhor para a Celg D".


A Celg D e a Eletrobrás fecharam, há 15 dias, acordo que estabeleceu a federalização da empresa, com a transferência de 51% do controle acionário da estatal goiana para a estatal federal. Na última quinta-feira, como resultado do acordo, a Caixa Econômica Federal liberou empréstimo de R$ 1,9 bilhão para saldar as dívidas da empresa e retomar os investimentos na distribuição de energia.



No encontro, os funcionários reconheceram que os termos do acordo de federalização e do empréstimo "são os melhores" para a Celg D e expressaram sua convicção de que ele porá um "fim definitivo" à grave crise econômico-financeira que levou a estatal à situação pré-falimentar. O governador disse estar muito satisfeito com o resultado nas negociações e afirmou que a reestruturação representa o "renascimento" da Celg D.



Marconi disse que o Governo de Goiás se manteve firme nas negociações para garantir que a Celg D permanecesse pública e para que a reestruturação garantisse, de fato, o fim da sangria no caixa da estatal. "Esta foi a segunda vez que atuamos de maneira decisiva e muito determinada para recuperar a Celg e evitar sua falência. Esse resultado representa uma vitória história e não teríamos chegado a ele sem o apoio decisivo dos funcionários da Celg D", disse o governador.



O empréstimo de R$ 1,9 bilhão estabelece um prazo de 156 meses (13 anos) para pagamento, com 36 meses de carência – ou seja, a Celg só começa a pagar as parcelas daqui a três anos. 



Os juros fixados para a operação são 6,8% ao ano, ou seja, próximo ao patamar inflacionário atual. "Os juros são praticamente negativos se levarmos em conta a inflação anual atual", destaca o diretor administrativo da Celg D, Fernando Naverrete. "A reação do mercado é extremamente positiva, porque afinal a Celg D é parte integrante de um mercado que necessita de grandes intervenções", disse, em referência aos problemas enfrentados pelo setor no País.



Do total de R$ 1,9 bilhão captados por meio do empréstimo, R$ 407 milhões são destinados para investimentos, R$ 240 milhões serão aplicados pela própria Celg na empresa, R$ 107 milhões entrarão no caixa da Celg Geração e Transmissão (CelgG&T) e outros R$ 60 milhões irão para a holding CelgPar – essa última quantia é referente à operação de federalização, correspondentes aos 51% do controle acionário da Celg D adquiridos pela Eletrobrás.



Histórico
Com a privatização das usinas, a Celg passou a comprar a energia que antes produzia. Em função dos termos do acordo para a privatização, a Celg passou a vender para os consumidores finais uma energia com preços inferiores aos comprados de Cachoeira e Corumbá. Esse desequilíbrio corroeu a rentabilidade da estatal, que passou a operar no vermelho.



No governo Alcides Rodrigues (2007-2010) a crise se agravou profundamente. Endividada com os bancos e com o sistema energético, a Celg perdeu liquidez, ficou proibida de reajustar as tarifas de energia por quase sete anos e deixou até mesmo de repassar para o Tesouro Estadual o ICMS recolhido da conta de luz dos consumidores.

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