Cientista político diz que Marconi fez campanha propositiva e deve Vencer as eleições em Goiás

Luiz Signates afirma que governador tem 

chances de ganhar já no primeiro turno

Respeitado em Goiás como cientista político e professor universitário, Luiz Signates afirma, em artigo publicado no site Diário de Goiás, que o governador Marconi Perillo deve ser o grande vencedor destas eleições e com boas chances de ganhar já no primeiro turno. Segundo ele, Marconi realizou, nos últimos anos, diversas obras e ações e apostou em uma campanha amplamente propositiva, enquanto seus adversários colocaram a crítica em primeiro lugar. “A pauta da oposição, para o bem ou para mal, sempre foi Marconi Perillo. O ‘bateu, perdeu’, típico do processo eleitoral brasileiro, mostrou mais uma vez seus resultados”, diz ele no texto.

A análise de Signates foi feita após divulgação da última rodada da pesquisa Grupom / Rádio 730. De acordo com o levantamento, o governador, candidato à reeleição pela coligação Garantia de um Futuro Melhor para Goiás, tem 49,1% dos votos válidos, o que configura possível vitória no primeiro turno, quando considerada a margem de erro da pesquisa, de 3,1 pontos porcentuais. “Os números e suas diferenças falam por si mesmos”, analisa o professor. 

O cientista político ressaltou, no artigo, que a pesquisa Grupom trouxe dois fatores: uma confirmação e uma surpresa. A primeira diz respeito ao favoritismo de Marconi. “Não só se manteve, mas ganhou solidez ao longo da campanha”, destaca. O segundo ponto, sobre a surpresa, é a decadência de imagem e de força do principal adversário do governador, Iris Rezende (PMDB). “São 13,5 pontos de frente para Marconi na espontânea e 15,9 na estimulada”, diz ele, ao lembrar também que, considerando apenas os votos válidos, o governador vence o peemedebista no primeiro turno com quase 20 pontos de diferença.

Ainda sobre o desgaste de Iris, Signates destacou que a rejeição do peemedebista supera a de Marconi em três pontos. “É um quadro de empate técnico, pois está dentro da margem de erro, mas bordejando seus limites”, afirma.

Luiz Signates também reitera que o cenário eleitoral já tem uma grande tendência e, que, mantidas condições normais de campanha, dificilmente deve se alterar. “A probabilidade parece ser, cada vez mais, a de um encerramento de contas já no primeiro turno, no que deve ser, caso se confirme, uma vitória histórica de Marconi Perillo”, avalia.

E se houver segundo turno?

Luiz Signates ainda discorreu, no artigo, sobre possíveis cenários de segundo turno nestas eleições. Segundo ele, conforme divulgado pela pesquisa Grupom/Rádio 730, o governador ganharia com folga contra todos os adversários, inclusive do líder peemedebista. “Contra Íris, Marconi imporia uma derrota de exatos 19 pontos percentuais de diferença”, lembra o professor. Ele também explica que, de acordo com a pesquisa, a diferença do tucano para o peemedebista simplesmente se manteria do primeiro para o segundo turno. “Não seria apenas uma vitória, mas um recorde”, pontua.

Vanderlan e Gomide sem estrutura

O cientista político também analisou os índices obtidos na pesquisa Grupom pelos candidatos Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT). De acordo com ele, os dois não conseguiram ultrapassar os limites das próprias cidades onde foram prefeitos, respectivamente Senador Canedo e Anápolis. “É preciso ser capaz de fazer as qualidades chegarem com força e adesão aos eleitores”, diz ele na análise.

Signates explica que o baixo desempenho dos dois candidatos ocorre também graças a falta de estrutura de seus partidos e coligações. “A expectativa de poder, devidamente estadualizada, é tão ou mais importante quanto o prestígio local. Em outro sentido, é exatamente esta condição que fundamenta a tradicional polarização”, arremata.