O desembargador do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Fernando da Costa Tourinho Neto,
determinou nesta segunda-feira (16) a transferência do bicheiro Carlinhos
Cachoeira do presídio de segurança máxima em Mossoró (RN) para a penitenciária
da Papupa, em Brasília.
O pedido foi feito
pela defesa do bicheiro, que foi preso no final de fevereiro pela Polícia
Federal, durante a Operação Montecarlo e foi transferido para Mossoró no dia 1º
de março. Ele é suspeito de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal.
Segundo o
desembargador, a prisão de Cachoeira no regime de segurança máxima não se
justifica uma vez que o bicheiro não representa alto risco para sociedade e nem
cometeu crime hediondo. A defesa de Cachoeira afirmou que não tem previsão de
quando o bicheiro será liberado. O presídio de Mossoró precisa receber uma
ordem da Justiça de Goiás, que determinou a prisão, para realizar a
transferência.
O primeiro pedido
de transferência, feito à Justiça Federal de Goiás, foi negado e a defesa do
bicheiro recorreu ao TRF1. A defesa do
bicheiro pediu a remoção para que Cachoeira fosse submetido a regras menos
rigorosas de segurança e para que ficasse mais próximo da família e dos
advogados.
Mais cedo, a
advogada responsável pelo caso, Dora Cavalcanti, reafirmou que a prisão é
ilegal. Para ela, se Cachoeira não estivesse em Mossoró, poderia ter ido ao
enterro da mãe, que morreu em Anápolis (GO) na madrugada
desta segunda.
Segundo a
advogada, a direção do presídio de Mossoró foi perguntada sobre o trâmite para
liberar a ida do preso ao enterro. No entanto, os advogados foram informados
que levaria alguns dias por se tratar de uma prisão de segurança máxima.
"Seria
tranquilo se ele estivesse em uma penitenciária em Goiás. Essa tragédia pessoal
pela qual ele terá de passar no isolamento, há três mil quilômetros da família,
só mostra o quão ilegal é essa situação. É um prejuízo irreparável, mesmo que,
lá na frente, se reconheça a ilegalidade dessa prisão", afirmou a
advogada.
Fonte: Portal G1
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